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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

É obrigação do estado recuperar áreas privatizadas por bandidos. Escrevo isto aqui desde… 2006!!!

Reinaldo Azevedo

Ah, o imenso livro dos textos que não escrevi!!!
Num dos posts abaixo, afirmo que a mesma imprensa que aplaude a ocupação do Complexo do Alemão é contra a presença da polícia na Cracolândia. E sustento que a motivação primária desse comportamento é partidária.
Pois bem: alguns bobões, QUE PREFEREM LER O QUE DIZEM QUE ESCREVI, NÃO O QUE DE FATO ESCREVI, COBRAM: “E você? Foi contra a ação no Alemão e agora apóia o governo do Estado no caso da Cracolândia”.
EU??? CONTRA A OCUPAÇÃO DO ALEMÃO??? NÃO!!! ESSE É OUTRO CARA!
Tudo o que escrevi está em arquivo. Muito antes que o governo do Rio decidisse instalar as UPPs, eu já defendia a ação das Forças Armadas nas favelas do Rio. Consultem as edições passadas do blog. Reproduzo trecho de um post de 10 de agosto de 2006, já no curso da campanha eleitoral:
“O candidato tucano Geraldo Alckmin fez muito bem em atacar o lado vivandeira de Luiz Ignorácio Lula da Silva. E o fez nos termos corretos: Exército serve para manobras militares, não para manobras políticas. E deixo claro uma coisa: eu acho que as Forças Armadas devem, sim, ser usadas no combate ao narcotráfico e ao contrabando de armas. E não só nas fronteiras. Há muito tempo é preciso arriar a bandeira do narcotráfico na periferia de São Paulo, nos morros do Rio e nos presídios do país inteiro. Em seu lugar, hastear a Bandeira Nacional. (…) É preciso haver um plano, estabelecer metas, prazos, estratégia, tática, como em qualquer guerra. Não pode é o governo federal contingenciar a verba da segurança no limite da indigência e depois oferecer suas saídas milagrosas. As Forças Amadas poderiam, sim, há muito tempo estar em atuação nas áreas que foram roubadas ao Estado de Direito.”
Sei o que penso
Sei muito bem o que penso. Não costumo mudar segundo o vento. Em 2006, Cabral era apenas o candidato do PMDB ao governo do Rio, e eu defendia a retomada das áreas dominadas pelo narcotráfico — com a ajuda das Forças Armadas, segundo o previsto, diga-se, na Constituição. Os “progressistas” que passaram a dar apoio integral ao agora governador do Rio diziam, à época, que a minha tese era, como é mesmo?, “fascista”. Na boca dos esquerdistas, “fascista” é tudo aquilo que não é do seu interesse.
Não! Eu não me opus à chegada da Polícia e das Forças Armadas ao Complexo do Alemão. A minha crítica às UPPs é de outra natureza. Eu me oponho é à determinação de não prender quase ninguém; eu me oponho é à tática “espalha-bandido”. Já deixei isso claro dezenas de vezes. A política de retomada do território é correta.
Os apressadinhos não tentem encontrar contradições onde elas não estão. Posso provar o que escrevi. Eles não podem, por óbvio, provar o que NÃO ESCREVI.
Por Reinaldo Azevedo
VEJA

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