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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Naufrágio de navio causa prejuízo de 93 milhões de dólares

Europa

Presidente da empresa responsável pela embarcação deu entrevista coletiva em que confirmou o 'erro humano ' por parte do comandante, preso após acidente

O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira na costa italiana O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira na costa italiana (Max Rossi / Reuters)
o presidente da companhia Costa Crociere, responsável pelo cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira na costa italiana, calculou que o prejuízo causado pelo acidente foi de 93 milhões de dólares (mais de 165 milhões de reais). Pier Luigi Foschi acrescentou que ainda não sabe se a embarcação foi totalmente perdida ou se é possível recuperar algum material do transatlântico. "Os danos diretos foram estipulados em 93 milhões de dólares, mas depois teremos de acrescentar uma série de custos que não podemos calcular e que se referem aos seguros", disse, em Gênova, sede da companhia.

Entenda o caso


  1. • O navio Costa Concordia viajava com 4.229 pessoas quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, por volta das 21h30 do dia 13 de janeiro (hora local).
  2. • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que começou a encher de água. O comandante teria tentado se aproxima da ilha, mas a embarcação encalhou em um banco de areia e virou.
  3. • Seis mortos foram confirmados até o momento; ainda há 16 desaparecidos.
  4. • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contamição da área do naufrágio.
 
O CEO disse, no entanto, que a prioridade agora é encontrar os desaparecidos, assim como extrair 2.300 toneladas de combustível que ainda estão no navio. Ainda de acordo com ele, a embarcação será colocada na posição horizontal por meio de um sistema de bolas infláveis para ser rebocada. As ações da companhia Carnival Corporation, que controla a Costa Crociere, caíram nesta segunda-feira 15,48% após o naufrágio.
Culpado - Foschi também confirmou durante a coletiva que o naufrágio do cruzeiro Costa Concordia aconteceu por um "erro humano" do capitão, o comandante Francesco Schettino, "que não respeitou o regulamento". A empresa já havia adiantado seu posicionamento em um comunicado na noite de domingo. Schettino, preso desde sábado, terá assistência jurídica da empresa. "Estamos perante uma tragédia de proporções grandes", destacou o executivo-chefe de Costa Crociere. Sobre a manobra realizada por Schettino ao se aproximar da ilha de Giglio e que causou a colisão do navio, Foschi assegurou que não tinha sido aprovada nem autorizada pela Costa.
EFE/Enzo Russo
O comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, é detido no sábado logo após o naufrágio do navio no litoral italiano
O comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, foi preso logo após o naufrágio
Os jornais Corriere della Sera e Il Tirreno afirmaram nesta segunda-feira que o cruzeiro se aproximou bastante da ilha de Giglio para fazer uma surpresa ao chefe de garçons, Antonello Tievoli, e ao ex-comandante Mario Palombo. Segundo o principal responsável pela empresa, apenas uma vez, em 9 de agosto de 2001, um cruzeiro da companhia tinha ido adiante na ilha, por causa da festa de San Lorenzo, e a mudança de rota tinha sido autorizada tanto pela Costa Crociere como pela Capitania do Porto da localidade.
"O comandante tomou em sua iniciativa uma decisão contrária ao nosso regulamento, que está escrito e certificado", acrescentou Foschi. Por isso, ele explicou que, embora não tenha sido estudada algum tipo de ação legal, a empresa se considera parte afetada deste acidente e confia que a reputação da companhia seja restabelecida.


Controvérsias - Sobre os testemunhos dos náufragos de que o capitão, que trabalhava na empresa há 11 anos, tenha abandonado o navio apressadamente e sem prestar socorro, o presidente da Costa Crociere disse que outras declarações apontam que "o comandante fez o que devia". "Todos os membros da tripulação se comportaram como heróis. Atuaram em uma situação noturna e com o navio inclinado. A inclinação do navio não permitiu descer as lanchas, mas inclusive nesse estado foram retiradas 4.000 pessoas em duas horas", defendeu Foschi perante as críticas de falta de assistência aos passageiros.

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