Europa
Presidente da empresa responsável pela embarcação deu entrevista coletiva em que confirmou o 'erro humano ' por parte do comandante, preso após acidente
O cruzeiro Costa Concordia naufragou na sexta-feira na costa italiana (Max Rossi / Reuters)
o presidente da companhia Costa Crociere, responsável pelo cruzeiro Costa Concordia, que naufragou na sexta-feira na costa italiana, calculou que o prejuízo causado pelo acidente foi de 93 milhões de dólares (mais de 165 milhões de reais). Pier Luigi Foschi acrescentou que ainda não sabe se a embarcação foi totalmente perdida ou se é possível recuperar algum material do transatlântico. "Os danos diretos foram estipulados em 93 milhões de dólares, mas depois teremos de acrescentar uma série de custos que não podemos calcular e que se referem aos seguros", disse, em Gênova, sede da companhia.Entenda o caso
- • O navio Costa Concordia viajava com 4.229 pessoas quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, por volta das 21h30 do dia 13 de janeiro (hora local).
- • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que começou a encher de água. O comandante teria tentado se aproxima da ilha, mas a embarcação encalhou em um banco de areia e virou.
- • Seis mortos foram confirmados até o momento; ainda há 16 desaparecidos.
- • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contamição da área do naufrágio.
Culpado - Foschi também confirmou durante a coletiva que o naufrágio do cruzeiro Costa Concordia aconteceu por um "erro humano" do capitão, o comandante Francesco Schettino, "que não respeitou o regulamento". A empresa já havia adiantado seu posicionamento em um comunicado na noite de domingo. Schettino, preso desde sábado, terá assistência jurídica da empresa. "Estamos perante uma tragédia de proporções grandes", destacou o executivo-chefe de Costa Crociere. Sobre a manobra realizada por Schettino ao se aproximar da ilha de Giglio e que causou a colisão do navio, Foschi assegurou que não tinha sido aprovada nem autorizada pela Costa.
O comandante do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, foi preso logo após o naufrágio
"O comandante tomou em sua iniciativa uma decisão contrária ao nosso regulamento, que está escrito e certificado", acrescentou Foschi. Por isso, ele explicou que, embora não tenha sido estudada algum tipo de ação legal, a empresa se considera parte afetada deste acidente e confia que a reputação da companhia seja restabelecida.
Controvérsias - Sobre os testemunhos dos náufragos de que o capitão, que trabalhava na empresa há 11 anos, tenha abandonado o navio apressadamente e sem prestar socorro, o presidente da Costa Crociere disse que outras declarações apontam que "o comandante fez o que devia". "Todos os membros da tripulação se comportaram como heróis. Atuaram em uma situação noturna e com o navio inclinado. A inclinação do navio não permitiu descer as lanchas, mas inclusive nesse estado foram retiradas 4.000 pessoas em duas horas", defendeu Foschi perante as críticas de falta de assistência aos passageiros.
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