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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Itália pode decretar emergência em área de naufrágio

Europa

Ministro confirmou vazamento de líquido em torno do Costa Concordia

Mergulhadores localizaram brecha no casco do Costa Concordia Mergulhadores localizaram brecha no casco do Costa Concordia (Reuters)
O ministro do Meio Ambiente da Itália, Corrado Clini, afirmou nesta segunda-feira que pode decretar situação de emergência na área onde naufragou o navio Costa Concordia, após as equipes de resgate terem detectado o vazamento de material líquido ainda não identificado em torno do transatlântico, que estava com os tanques cheios quando encalhou e tombou na última sexta-feira.

Entenda o caso

  1. • O navio Costa Concordia viajava com 4.234 pessoas quando bateu em uma rocha junto à ilha italiana de Giglio, por volta das 21h30 do dia 13 de janeiro (hora local).
  2. • A colisão abriu um grande buraco no casco do navio, que começou a encher de água. O comandante teria tentado se aproxima da ilha, mas a embarcação encalhou em um banco de areia e virou.
  3. • Seis mortos foram confirmados até o momento; ainda há 16 desaparecidos.
  4. • Os trabalhos de buscas são coordenados com a tarefa de retirar as 2.400 toneladas de combustível do navio, sob o risco de contamição da área do naufrágio.

De acordo com Clini, ainda não é possível confirmar se o vazamento é de combustível, mas barreiras de proteção já começaram a ser instaladas ao redor da embarcação. O temor das autoridades italianas é que as 2.380 toneladas de combustível carregadas pelo transatlântico vazem para o mar, provocando um desatre ambiental de proporções ainda desconhecidas. "O monitoramento continua tomando decisões com o objetivo de evitar os riscos ambientais", disse o ministro italiano, em entrevista coletiva.
A região do acidente do Costa Concordia, perto da ilha italiana de Giglio, é um parque marinho de águas cristalinas e com grande diversidade de vida marinha. "O risco ambiental na ilha de Giglio é muito, muito alto", acrescentou o ministro. "O objetivo é evitar o vazamento de combustível do navio. Estamos trabalhando para evitar isso. É urgente e o tempo está se esgotando."
Com 290 metros de comprimento, o navio permanece sobre um banco de rochas submarinas. As equipes de resgate, porém, temem que o Costa Concordia deslize e caia numa fenda de mais de 70 metros de profundidade, o suficiente para fazer o transatlântico submergir. Mais cedo, com a piora das condições meteorológicas e o aumento da força das ondas, o navio se deslocou um pouco e os trabalhos de resgate tiveram de ser interrompidos durante três horas. No início da tarde, a operação foi retomada - ainda há 16 passageiros desaparecidos.

Erro humano –   Pier Luigi Foschi, presidente e CEO da Costa Cruzeiros, empresa proprietária do navio, afirmou nesta segunda-feira que o desastre foi consequência  de "erro humano" do capitão Francesco Schettino, que foi preso pela polícia italiana e deve ser processado por homicídio culposo múltiplo. Mas Foschi ressaltou que no momento a principal preocupação é evitar um desastre ambiental. "Estamos agora na fase emergencial de tentar evitar a poluição", enfatizou o executivo.
Como o Costa Concordia transporta combustível pesado, a tarefa de bombeá-lo para fora do navio é mais complicada,  por causa da alta densidade do material. Uma forma de facilitar a tarefa é aquecê-lo ou dilui-lo. Após o naufrágio, a imprensa italiana destacou que grupos ambientalistas pedem há anos que transatlânticos sejam proibidos de navegar próximo ao arquipélago da Toscana, formado pelas ilhas de Giglio, Montecristo, Pianosa, Elba, Capraia e Gorgona.
"Essas monstruosas cidades flutuantes poluem o cenário com a sua presença e os rios, mares e cidades onde param com os dejetos que produzem", declarou a presidente da organização ambiental Italia Nostra, Alessandra Motola Molfino. "O desastre do Costa Concordia infelizmente prova a insustentabilidade do tipo de turismo que explora e maltrata a beleza e o patrimônio cultural da Itália e não produz nenhum crescimento nem bem-estar", criticou ela.
http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/italia-pode-decretar-emergencia-em-area-de-naufragio 

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