Atualizado: 16/1/2012 9:34
Roma, 16 jan (EFE).- O presidente e executivo-chefe da companhia Costa Crociere, Pier Luigi Foschi, admitiu nesta segunda-feira que o naufrágio do cruzeiro Costa Concordia aconteceu por um 'erro humano' do capitão, o comandante Francesco Schettino, atualmente detido, 'que não respeitou o regulamento'.
Foschi, em entrevista coletiva televisionada em Gênova, onde a empresa tem sua sede, acrescentou que 'darão assistência legal ao comandante', mas reiterou que não podem negar 'que se tratou de um erro humano'.
'Estamos perante uma tragédia de proporções grandes', disse o executivo-chefe de Costa Crociere sobre o naufrágio de sexta-feira no litoral da ilha italiana de Giglio, no mar Tirreno, e no qual morreram até o momento seis pessoas e 16 estão desaparecidas.
Sobre a manobra realizada por Schettino ao se aproximar da ilha de Giglio e que causou a colisão do navio, Foschi assegurou que 'não tinha sido aprovada, nem autorizada pela Costa'.
Os jornais 'Corriere della Sera' e 'Il Tirreno' afirmaram nesta segunda-feira que o cruzeiro se aproximou bastante da ilha de Giglio para fazer uma surpresa ao chefe de garçons, Antonello Tievoli, e ao ex-comandante Mario Palombo.
Segundo o principal responsável pela empresa, apenas uma vez, em 9 de agosto de 2001, um cruzeiro da companhia tinha ido adiante na ilha, por causa da festa de San Lorenzo, e a mudança de rota tinha sido autorizada tanto pela Costa Crociere como pela Capitania do Porto da localidade.
'O comandante tomou em sua iniciativa uma decisão contrária ao nosso regulamento, que está escrito e certificado', acrescentou Foschi.
Por isso, Foschi explicou que embora não tenha sido estudada algum tipo de ação legal, a empresa 'se considera parte afetada' deste acidente e confia que 'a reputação da companhia seja restabelecida'.
Sobre os testemunhos dos náufragos de que o capitão, que trabalhava na empresa há 11 anos, tenha abandonado o navio apressadamente e sem prestar socorro, o presidente da Costa Crociere disse que outras declarações apontam que 'o comandante fez o que devia'.
'Todos os membros da tripulação se comportaram como heróis. Atuaram em uma situação noturna e com o navio inclinado. A inclinação do navio não permitiu descer as lanchas, mas inclusive nesse estado foram retiradas 4 mil pessoas em duas horas', disse Foschi perante as críticas de falta de assistência aos passageiros.
Foschi acrescentou que a prioridade agora é a busca das 16 pessoas consideradas desaparecidas, assim como a extração das cerca de 2.300 toneladas de combustível.
Posteriormente, o responsável pela empresa explicou que rebocadores levarão o navio a um lugar seguro para as tarefas de desmanche. EFE
Copyright (c) Agencia EFE, S.A. 2010, todos os direitos reservados
Foschi, em entrevista coletiva televisionada em Gênova, onde a empresa tem sua sede, acrescentou que 'darão assistência legal ao comandante', mas reiterou que não podem negar 'que se tratou de um erro humano'.
'Estamos perante uma tragédia de proporções grandes', disse o executivo-chefe de Costa Crociere sobre o naufrágio de sexta-feira no litoral da ilha italiana de Giglio, no mar Tirreno, e no qual morreram até o momento seis pessoas e 16 estão desaparecidas.
Sobre a manobra realizada por Schettino ao se aproximar da ilha de Giglio e que causou a colisão do navio, Foschi assegurou que 'não tinha sido aprovada, nem autorizada pela Costa'.
Os jornais 'Corriere della Sera' e 'Il Tirreno' afirmaram nesta segunda-feira que o cruzeiro se aproximou bastante da ilha de Giglio para fazer uma surpresa ao chefe de garçons, Antonello Tievoli, e ao ex-comandante Mario Palombo.
Segundo o principal responsável pela empresa, apenas uma vez, em 9 de agosto de 2001, um cruzeiro da companhia tinha ido adiante na ilha, por causa da festa de San Lorenzo, e a mudança de rota tinha sido autorizada tanto pela Costa Crociere como pela Capitania do Porto da localidade.
'O comandante tomou em sua iniciativa uma decisão contrária ao nosso regulamento, que está escrito e certificado', acrescentou Foschi.
Por isso, Foschi explicou que embora não tenha sido estudada algum tipo de ação legal, a empresa 'se considera parte afetada' deste acidente e confia que 'a reputação da companhia seja restabelecida'.
Sobre os testemunhos dos náufragos de que o capitão, que trabalhava na empresa há 11 anos, tenha abandonado o navio apressadamente e sem prestar socorro, o presidente da Costa Crociere disse que outras declarações apontam que 'o comandante fez o que devia'.
'Todos os membros da tripulação se comportaram como heróis. Atuaram em uma situação noturna e com o navio inclinado. A inclinação do navio não permitiu descer as lanchas, mas inclusive nesse estado foram retiradas 4 mil pessoas em duas horas', disse Foschi perante as críticas de falta de assistência aos passageiros.
Foschi acrescentou que a prioridade agora é a busca das 16 pessoas consideradas desaparecidas, assim como a extração das cerca de 2.300 toneladas de combustível.
Posteriormente, o responsável pela empresa explicou que rebocadores levarão o navio a um lugar seguro para as tarefas de desmanche. EFE
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